quinta-feira, 11 de julho de 2013

A Burguesia No Processo Revolucionário Francês (Parte 1)

Apresentaremos uma série de cinco postagens aqui no blog sobre a participação burguesa no processo revolucionário da França do século XVIII. Vamos então a primeira parte dessa série.

O presente texto propõe que o leitor siga por um dos caminhos que parte da sociedade francesa utilizou para ajudar a substituir o seguimento político do país, combatendo o regime monárquico, os gastos da nobreza, o clero e conseqüentemente atingir o ápice com a Revolução Francesa.
Para guiar a viagem pelo caminho que proponho é fundamental salientar uma questão: Como a burguesia participou do processo revolucionário que culminou na sua ascendência ao poder?
Creio que essa análise é de suma importância, pois, sabe-se que a Revolução Francesa foi uma revolução burguesa, contudo, geralmente o foco é dado para o “povo” francês nesse processo. Talvez essa notoriedade dada ao povo francês venha através do fato revolucionário e radical que este deu a todo o processo, porém, é válido lembrar que para estabelecer um novo governo seria necessário deter um plano político coerente, mas, acima de tudo um embasamento teórico e ideológico forte. A Burguesia detinha tais prerrogativas e apenas precisava de um contexto a seu favor para que conseguisse triunfar e isso ocorreu. Estudando (mesmo que breve) essa classe (burguesa) podemos entender os motivos que fizeram com que a mesma ascendesse ao poder.
Para responder tais questões e esclarecer as razões da classe burguesa irei analisar artigos através da internet, documentários e livros relacionados sobre o assunto.
Antes de entender a burguesia na sociedade francesa e como ela alterou seu status no âmbito social seria interessante observar o “nascimento” dessa classe, que, através dos tempos evoluiu a tal ponto que conseguiu atingir seus objetivos.
Feiras de troca na Idade Média

A burguesia surgiu na Idade Média. No sistema feudal a terra consistia como a maior riqueza, logo a sua produção principal era inclinada a sociedade rural (contrária ao sistema capitalista que tem como seu principal núcleo as regiões urbanas). As cidades eram vistas como áreas secundárias na Idade Média e sendo assim, eram submissas ao campo. Mas eram nessas áreas secundárias que se organizavam os artesanatos (locais onde eram feitos instrumentos utilizados na área rural). O fortalecimento desses artesanatos impulsionou o desenvolvimento das Guildas e fomentou a atividade mercantil (que é o princípio para o acumulo do capital). Tais atividades eram realizadas fora dos muros dos castelos e organizadas geralmente em moldes de feiras de troca. Essas cidades onde eram organizadas as feiras ficaram conhecidas como Burgos, logo, quem morava nessa cidade era denominado burguês. Na medida em que o burguês começou a reunir esse capital primórdio utilizou-o na sua produção. Esse processo viria a desenvolver futuramente a indústria e a mobilidade do eixo rural para o eixo urbano após a queda do sistema feudal que viria a ser substituído pelo sistema capitalista.

Fontes da Internet:


SAVIANI, Demerval. O Trabalho Como Princípio Educativo Frente As Novas Tecnologias. Faculdade: UNICAMP.


DE MELO, Vico Denis, DONATO, Manuella Riane. O Pensamento Iluminista e o Desencantamento do Mundo: Modernidade e Revolução Francesa como marco paradigmático. Revista Crítica Histórica, 2011, p. 248 – 263.



DALBOSCO, Claudio Almir. O Iluminismo Pedagógico de Rosseau. Universidade: UPF.


GONÇALVES, Bruno Tadeu Radtke, BERGARA, Paola Neves dos Santos. A Revolução Francesa e Seus Reflexos Nos Direitos Humanos. Faculdade: FIAETPP


MONLEVADE, Danilo. Revolução Francesa. Colégio Notre Dame de Lourdes.


DA ROSA, Ismael Valdevino, TABORDA, Luana do Rocio, DA SILVA, Peterson Roberto. As Transformações do Poder Político na Revolução Francesa. Universidade: UFSC. 2011.


LOWY, Michael. Revolução Burguesa e Revolução Permanente em Marx e Engels. CNRS, Paris, p. 129 – 151.


Fonte do Documentário (You Tube):


SHULTZ Doug, SIO Hilary, EMIL Thomas. The French Revolution. Produção: Partisan Pictures, History Television, Network Productions. AGE Television Network, 2005. Reprodução: History Channel


Por: Lúcio Nunes


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