Saloon da História: Os Cavaleiros e a Mitologia

*Este post contém spoilers.

Hoje iremos apresentar uma guerreirar entre os cavaleiros de bronze a Amazona de Bronze June de Camaleão.

June: A Amazona de Bronze

June a Única Amiga de Shun Na Ilha de Andrômeda.

Shun e June

June nasceu, foi criada e treinada na Ilha de Andrômeda pelo mestre Daidalos de Cefeu (o mesmo mestre de Shun de Andrômeda). A amazona de Camaleão demonstrava uma preocupação extrema com o futuro cavaleiro de Andrômeda e por diversas vezes incentivou Shun a desistir dos treinamentos para que não se ferisse com gravidade. De nada adiantou, Shun aceitou o desafio de se tornar cavaleiro, conquistou a armadura de Andrômeda e partiu para o Japão para disputar o torneio da Guerra Galáctica.

A Destruição da Ilha de Andrômeda

Shun derrota June

June pouco tempo depois de ver Shun partir para o Oriente conquista a armadura de Camaleão. Posteriormente acaba vendo seu mestre Daidalos de Cefeu ser assassinado por Afrodite de Peixes. Além do cavaleiro de Peixes, Milo de Escorpião a mando do mestre do Santuário destruíram por completo a Ilha de Andrômeda.

June fica sabendo que Shun quer enfrentar as forças malignas do santuário e parte para tentar evitar essa loucura. Para sua surpresa, Shun encontra dois guerreiros da ilha de Andrômeda (Spika e Leda) onde é desafiado para uma batalha mortal. Shun os vence e vê com felicidade a chegada de June. A amazona de Camaleão decidida a impedir que Shun fosse ao santuário o desafia para uma batalha, porém, Shun a deixa inconsciente vencendo a disputa.

Particularidades da Amadura de Camaleão.

Armadura de Camaleão

- A armadura de Camaleão possuí um chicote com o qual é utilizado unicamente para atacar o adversário.

- June também utiliza uma máscara. Toda a amazonas tem que utilizar uma máscara por uma tradição da antiguidade que dizia que toda mulher que quisesse servir a deusa Atena deveria abandonar a sua feminilidade. Essas máscaras possuem efeito neutralizador em relação a venenos no ar.

A Mitologia das Amazonas: Da Grécia Antiga ao Novo Mundo.

As Amazonas eram conhecidas pelo estilo “mulheres guerreiras” e viviam em uma espécie de aldeia próxima do rio Termodonte. Representavam a mulher no sentido mais livre que possa existir, sendo que, repudiavam com extremismo o casamento, fazendo com que as mulheres adquirissem real sentido das suas existências. Em hipótese alguma obedeciam aos homens, estes eram tidos apenas para a época de reprodução que acontecia uma vez por ano.

Amazonas: As mulheres guerreiras

Após fecunda as Amazonas voltavam para suas aldeias e quando chegava a hora do nascimento o espírito “durão” das mulheres guerreiras não mudava: Se nascesse um menino, este era assassinado ou entregue ao pai. Se nascesse uma menina, esta seria doutrinada e treinada para ser uma guerreira tal qual a sua mãe.

Há relatos da presença das Amazonas também na exploração dos Espanhóis no novo mundo (Américas). Francisco Orellana participou da armada espanhola em 1540, onde se confrontaram com mulheres guerreiras que viviam em um estilo semelhante a das Amazonas da mitologia grega. Surpreendidos pela beleza e força das combatentes, os espanhóis fugiram mata a fora. Na fuga encontraram um nativo que contou a história das guerreiras. Em quase tudo se pareciam com as Amazonas da mitologia grega, com exceção de que, quando iriam reproduzir-se as amazonas sequestravam índios em territórios aos quais eram subjugados por elas. E quando nasciam homens, os pequenos curumins não eram assassinados de maneira alguma, mas, eram devolvidos aos pais. Quando nasciam meninas, presenteavam os pais com um talismã verde de nome Muiraquitã.

Ao tomarem conhecimento dessas índias guerreiras, os espanhóis modificam o nome do rio ao qual chamava de “Mar Dulce” para “Rio de Las Amazonas”.

Hernán Cortez na sua exploração e conquista do Império Asteca (atual México) também avistou guerreiras que viviam em aldeias com seguimentos iguais aos que Francisco Orellana citou. A diferença é que Cortez avistou essas aldeias por volta do ano de 1525, cerca de 15 anos antes de Orellana.

Mitologia do Camaleão

Na mitologia de várias culturas antigas o camaleão está associado a criação do mundo e das divindades mais poderosas. Acredita-se que este seja um dos primeiros seres vivos do planeta. Suas habilidades em captura de inimigos a distância e modificação de cor acaba por atribuir poderes mágicos ao camaleão.

Na mitologia, o camaleão está associado a criação do mundo

Como na mitologia dos orixás, Olorum enviou um camaleão para inspecionar a obra de Oxalá, o Grande Orixá na criação do mundo. Este realizou duas inspeções: Uma dizendo que a terra não estava seca, porém, era ampla. Na segunda viagem levou a notícia para Olorum de que a terra estava extremamente sólida e que ali era possível se viver.

Para outras tradições, o camaleão também é uma espécie de mensageiro estabelecendo comunicação entre divindades e homem.

Na tradição dos povos Pigmeus, o camaleão retirou o primeiro homem e a primeira mulher da árvore da vida, além disso, retirou a primeira água da terra. Dos filhos desse casal surgiram todos os povos da Terra e das sementes dessas árvores nasceram todas as árvores do planeta. Segundo esses povos, foi o camaleão que nomeou todos os animais que vieram dos céus para a Terra.

Nas tradições africanas o camaleão está associado a fecundidade e nos preparos de curas medicinais. É relacionado com o Sol e o Arco-Íris (sendo assim um intermediário entre homens e divindades como já citado).

Em algumas tradições vodus africanas o camaleão é “culpado” pela morte existir, segundo as mesmas, os deuses encarregaram o camaleão de comunicar os homens que estes eram imortais. Como se atrasou pela sua lentidão, os deuses puniram os homens tornando-os mortais.

Ficha Técnica da Amazona June de Camaleão

Nome: June de Camaleão